A REMONAR
Uma abordagem multidisciplinar em escala nacional é necessária para que resultados oportunos e de alto impacto orientem a comunidade científica e tecnológica, assim como os gestores públicos, em busca de melhorias para a sociedade.
Historicamente, a epidemiologia baseada em águas residuais (EAR) desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de sistemas de alerta precoce (SAP) para vários vírus entéricos, incluindo poliovírus, norovírus e vírus da hepatite A (Hovi et al., 2012). Água residual refere-se a qualquer água que tenha sido afetada adversamente em qualidade por atividade antropogênica, e esgoto é a parte da água residual que está contaminada com fezes ou urina (ambiente da ONU, 2020). Na atual pandemia de COVID-19, a EAR tem o potencial de mais uma vez fornecer uma plataforma para a vigilância da SARS-CoV-2 e se tornar um elemento importante da estratégia de saúde pública para combater a doença. A diarreia é um sintoma de apresentação frequente em pacientes com COVID-19 e o SARS-CoV-2 viável foi detectado em amostras de fezes (D’Amico et al., 2020).
A coleta e análise de dados sobre a ocorrência e o destino do SARS-CoV-2 em águas residuais pode fornecer a base para um sistema de vigilância para rastrear a circulação do SARS-CoV-2 em qualquer país. Um SARS-CoV-2 – SAP pode ser especialmente útil para países de baixa e média renda, onde os recursos, incluindo capacidade de teste viral e de anticorpos, infraestrutura hospitalar, equipe qualificada e Equipamento de Proteção Individual (EPI) podem ser limitados.
Um SAP eficaz pode ser usado para identificar os pontos críticos do COVID-19 e orientar a ação e a distribuição de recursos, incluindo estratégias de teste, rastreamento e preparação para o COVID-19. Usando um desenho adaptativo e com a integração da REDE teremos subsídios para avaliação de vários cenários e potencializar a vigilância de águas residuais no Brasil para rastrear o desdobramento da epidemia COVID-19 e outras doenças, assim como orientar políticas e ações. Água e saneamento são elementos centrais dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). A proposta de atividades da REDE é, portanto, coerente e integrado aos ODS 3 (Boa Saúde e Bem-estar) e ao ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), com uma agenda geral para promover a equidade e a saúde.
Instituições Membros da Rede
Faculdade de Medicina do ABC
Fundação Oswaldo Cruz – Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo
Fundação Oswaldo Cruz – Unidade de Rondônia
Fundação Parque Tecnológico de Itaipu
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais
Itaipu Binacional
Foz do Iguaçu
Universidade de Brasília – UnB
Universidade Federal de Goiás – UFG
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Universidade Federal de Rondônia – UNIR
Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Universidade Federal de Viçosa – UFV
Universidade Federal do ABC – UFABC
Gujarat Biotechnology Research Centre (GBRC), Sector – 11, Gandhinagar, Gujarat 382 011, India.
Indian Institute of Technology Gandhinagar
University of Venda Microbiology and Global Health, South Africa.
Environment & Health Research Unit, South African Medical Research Council, South Africa.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Barnard College, Columbia University. 3009 – Broadway • New York, NY 10027.
Colaboradores e Parceiros
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA
Ministério da Saúde – MS
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
Usina Hidrelétrica de Itaipu – UHI
Fundação Parque Tecnológico Itaipu – PTI
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em ETEs Sustentáveis